Recentemente tenho tido minha atenção voltada para aquilo que Jesus chama nos evangelhos de “o Sinal de Jonas”.
No último post estive trabalhando com duas discussões teológicas presentes no cristianismo hoje: a primeira, sobre se Deus ainda realiza hoje o mesmo tipo de milagres que vemos nos textos bíblicos; a segunda, sobre se os próprios milagres dos textos bíblicos foram eventos reais de intervenção extraordinária de Deus, ou se foram apenas interpretações equivocadas dos autores bíblicos, eventos ordinários para os quais eles não tinham explicação, ou simplesmente histórias inventadas com algum propósito moral.
Na segunda percepção, de inspiração liberal, creio que na melhor das hipóteses fica entendido que os autores bíblicos seriam apenas pessoas ignorantes, atribuindo uma natureza divina a fenômenos que não conseguiam explicar a partir das categorias a que tinham acesso. Na pior das hipóteses eles eram mentirosos, inventores de histórias elaboradas escritas com objetivos diferentes daqueles declarados nos próprios textos.
Acredito que a primeira discussão pode ser travada entre dois cristãos sinceros (embora eu duvide bastante de que seja uma discussão saudável). Já a segunda só pode ser travada entre um cristão verdadeiro e alguém que abraçou outra “fé” chamada liberalismo, uma outra religião que tira do cristianismo um de seus elementos centrais: que Deus intervém em nossa realidade, e de maneira pessoal e específica em nossas vidas. Por essa razão, acredito que essa discussão pode ser deixada de lado, a não ser em casos de apologética, o que não é o caso deste post.
A discussão que quero colocar aqui também não trata sobre se Deus hoje realiza ou não os mesmos milagres que realizava nos tempos bíblicos. A discussão que quero colocar aqui é sobre como aqueles sinais, um deles em especial, são um ponto central para nossa fé hoje.
O sinal a que me refiro é aquele a que nosso Senhor chama de “o sinal de Jonas”. Repetidas vezes Jesus faz referência a esse sinal durante seu ministério, significando sua morte e ressurreição ao terceiro dia. Jesus faz referência a isso mostrando a centralidade desse evento em seu ministério, e como isto calaria aqueles que lhe pediam maiores evidências de ser ele enviado por Deus.
Não pretendo discutir se Deus realiza ou não hoje os mesmos milagres que realizou naqueles dias. Porém, esperar uma relação de troca com Deus, na qual entregamos nossas vidas em função de novos sinais realizados certamente vai além daquilo que Jesus nos ensina. O maior sinal já foi realizado, a ressurreição de Cristo, pois através desse milagre temos vida. Diante de um sinal tão único, o que nos impede de entregar tudo o que somos nas mãos de Deus?
domingo, 31 de janeiro de 2010
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