Durante a semana que passou acompanhamos várias notícias a respeito dos desastres ocorridos na última noite de Reveillon em algumas localidades do estado do Rio de Janeiro. A atenção dos repórteres foi voltada especialmente para a morte de diversos jovens que passavam o ano novo em Ilha Grande.
Tive minha atenção voltada para isso especialmente por serem pessoas de idade próxima à minha, alguns aparentemente com interesses análogos ao meus: pessoas comuns, interessadas em cultivar suas amizades, experimentar momentos agradáveis, enfim, curtir sua juventude. São coisas muito boas, e as reportagens aparentemente fizeram questão de ressaltar este aspecto das vidas daqueles jovens. Mas há outro lado nessa história que a televisão não mostra.
Por mais que tenham tido vidas de realizações admiráveis no campo das amizades, da cultura, dos estudos, etc., o que é feito desses jovens hoje? Suas realizações, por mais dignas e admiráveis que sejam, ficarão apenas na memória de alguns. Daqui a um ano poucos se lembrarão desses acontecimentos da última noite de ano novo. Mesmo os parentes e amigos das vítimas, queiram ou não, terão que seguir adiante com suas vidas. Assim, aquilo que as reportagens passam hoje como vidas admiráveis, de grandes realizações, vão sumir na passagem do tempo. O que fazer então?
Jesus nos ensinou a ter nossos tesouros “onde a traça não roí e a ferrugem não corrói”. Amizades, bens materiais, projetos e realizações, por mais que não sejam em si coisas ruins, não tem valor para a eternidade.
As tragédias recentes vem mostrar o quanto nossas vidas são frágeis, o quanto estamos expostos ao aparente acaso, ao “capricho do destino”. Jovens cheios de vida e cheios de planos que não vão viver o ano de 2010. Nesse momento é importante lembrar que nossa vida descansa somente nas mãos de Deus. Tudo o que somos, tudo o que temos, está debaixo de Sua Providência.
Para concluir, digo que não há como cobrar explicações de Deus por aquilo que aconteceu. Ele é soberano, e devemos confiar com fé que ele também é santo, justo e bom. O que podemos fazer, a atitude mais sensata a tomar, é crer em sua Providência, e colocar-se debaixo de seus cuidados, confiando nele, e não em nós mesmos ou na ilusão de termos algum controle sobre nossas vidas.
sábado, 9 de janeiro de 2010
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