Usuários online usuários online Tua Graça me Basta: Amor sem Escalas

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Amor sem Escalas

E por falar em cinema, outro dia desses fui ver Amor sem Escalas. O título em português é péssimo, uma vez que não se trata de um filme sobre amor e não sei exatamente onde o “sem escalas” se encaixa. O filme, no entanto, é muito interessante, a começar pelo título “Up In the Air” (algo como “lá em cima no ar”), que representa muito bem a realidade do personagem principal, interpretado por George Clooney.
Clooney vive um sujeito cujo emprego consiste em demitir pessoas. Ele é contratado por outras empresas para fazer cortes de pessoal, e desempenha muito bem a tarefa porque é uma pessoa superficial que prefere não estabelecer contatos profundos com ninguém. Sua filosofia de vida consiste em ser o mais livre possível, livre de relacionamentos, livre de compromissos, etc. Assim ele é capaz de dormir muito bem à noite, mesmo depois de ter deixado várias pessoas desempregadas e desesperançosas durante o dia.
O emprego é particularmente atrativo porque possibilita que Clooney fique viajando pelos Estados Unidos quase o tempo todo, o que também combina com sua filosofia de vida: seu lar são os aviões, os aeroportos, as locadoras de carro, os hotéis... É ali que ele passa a maior parte do tempo, longe de contatos profundos com qualquer pessoa.
Sem querer entregar mais da história, mas obviamente que uma série de situações vão colocar a filosofia de Clooney à prova, mostrando que no fundo todos temos necessidade de relacionamentos e de um sentido maior para nossas vidas. Acredito que o filme mostra que no íntimo todos desejamos significar algo para alguém e que precisamos de um propósito para seguir adiante.
De um ponto de vista cristão, acho o filme super válido: ele mostra o vazio que todos temos, e acompanhando esse vazio, o desejo de um significado maior para estarmos aqui. Como diria Agostinho, todos temos esse vazio dentro de nós e desejamos preenche-lo. Como o próprio filme mostra, alguns procuram preenche-lo com a família, outros com realização profissional, outros com realização amorosa, e por aí vai. O personagem de Clooney procura ignorar esse vazio o quanto pode, ou até fazer dele uma virtude, mas a realidade vem mostrar que isso não é possível, é ir contra nossa natureza.
Embora família, amigos, carreira, etc. não sejam em si coisas ruins, o enorme vazio na alma de cada um de nós só pode ser preenchido através de um relacionamento pessoal com Jesus. Isso infelizmente o filme não mostra, mas não faz mal, afinal, não sei se os realizadores são cristãos. Mas é essa mensagem que nós devemos passar adiante: existe um significado maior para nossas vidas, e existe uma pessoa com quem vale totalmente a pena se relacionar, alguém que nunca nos desapontará. Creio que esse é o final que falta em “Amor sem Escalas” e mensagem que todos esperam ouvir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário